segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Scriabin In The Himalayas - Michel Roudnitska


Monastère de Thikse - por Michel Roudnitska

Num mosteiro ladeado por montanhas majestosas aconteceu um evento único, como antes não fora registrado.
Entre  as paredes silenciosas, onde os caminhos da meditação e espiritualidade não levavam à música, houve uma celebração da vida, expressada pelos cinco sentidos humanos.


Leh Ladakh - por Michel Roudnitska

No solstício de verão do Hemisfério Norte,  a comemoração do  centenário da morte de Alexander Scriabin, místico, compositor e músico russo,  proporcionou a apresentação de um espetáculo mágico. ( assista o trailer)
Scriabin deixou obra inacabada - Mysterium,  propondo um evento artístico que,  no ápice da interação entre várias expressões sensoriais, levaria à comunhão  com uma energia divina chamada Akâsa, cuja  vibração única manifestava características espirituais da respiração, som, luz e toque.


Monges tibetanos em "Scraibin In The Himalayas" - por Michel Roudnitska
 
Sonhava com espetáculo multi-sensorial, num  mosteiro, ao sopé das montanhas do Himalaia, o que se concretizou  em 2015;   baseado  no direcionamento  da sua filosofia mística.
Em Ladakh - Índia, nos terraços do Monastério ThikseScriabin In Himalayas encantou  monges, privilegiado e pequeno grupo de visitantes, escolares e moradores da região. Pessoas que nunca haviam imaginado ou  presenciado algo do gênero.


Michel Roudnitska - Monastère de Thikse

Talentosa e multidisciplinar  equipe movimentou o cenário tranquilo, acolhida pelos ventos gelados do Himalaia, na  altitude de aproximadamente 5000m.
Árdua tarefa pois apesar do calor humano ocorriam inesperados empecilhos provocados pela topografia, clima, atmosfera rarefeita ...
Neste cenário o perfumista e artista multi-sensorial, Michel Roudnitska  foi  responsável pela pontuação olfativa da apresentação,  em seis movimentos, dentro do tema "Fight for the Light",  auxiliado tecnicamente por José Martins.


Michel Roudnitska compartilhando a fragrância Himalaya com  monges tibetanos - foto de Joanna Niklas 

Após sete anos de viagens e pesquisas, ampliando sua percepção sensorial em culturas e ambientes diversificados, Roudnitska volta à criação na perfumaria, concebendo a fragrância representativa da  quinta-essência (quintessence) do magnífico  espetáculo: Himalaya.


Edição limitada, destinada aos colecionadores e estudiosos da perfumaria, compreende 200 frascos numerados e assinados pelo perfumista.
Imbuído da espiritualidade e serenidade das altas montanhas a fragrância unissex representa o frescor e pureza da sua atmosfera, a feminilidade e doçura  das flores,  a solidez das madeiras impregnadas de especiarias.


Retrato de vida do Himalaia.
Os acentos olfativos abrangem frankincense, condimentos, madeiras, âmbar, nargamotha indiana, jasmim indiano,  flor de jatamansi , patchuli, toques de baunilha, almíscar e nota ozônica.


Disponibilizado em frascos de 30ml e 50ml.

Imagens: Parte do acervo pessoal e reportagens de Michel Roudnistka; gentilmente cedidas.

5 comentários:

  1. O que fazer quando se fica na querência de algo tão majestoso assim, quase um Santo Graal perfumístico, Beth!?! Parece perfeito!!!
    Beijos

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    1. Agora pensa Priscila, no espetáculo que foi. Os monges não tem permissão nem para ouvir música. A viagem foi épica,e linda né? Mil problemas para resolver. Toda aquela aparelhagem lá no alto do mosteiro...chegar lá já foi um problema. Em compensação os poucos que assistiram devem ter chegado ao Nirvana. Como professora fico imaginando a reação do grupo de alunos locais, que foi convidado. E os monges então...em retribuição pelo apoio sabe o que eles pediram? A fragrância! Enquanto o espetáculo era apresentado diferentes aromas inundavam o ambiente e eram levados pelo vento. Morri!

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    2. Então Pri...todos os perfumes do Michel Roudnitska, que eu conheço, são primorosos. Bois de Paradis é meu queridinho... também difícil de comprar, principalmente na situação que o Brasil atravessa, mas não impossível. Porém este... edição limitada, matéria prima de altíssima qualidade. Ai ai ai...Entretanto a esperança é a última que morre. Tenho esperança de conseguir um cheirinho mesmo que seja uma gota. Se conseguir venho correndo escrever sobre ele. Beijocas de Elisabeth

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  2. Olá Elisabeth, certa vez li no blog um post sobre a linha La Petite Fleur de Paris Elysees mas agora procurei e não encontrei mais. Posso perguntar o que houve? Bjos Luciana

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    1. Oi Luciana. tão... quando conheci a coleção o que chamou minha atenção foi o fato de colocarem uma das fragrâncias como inédita. Porém experimentando uma segunda e terceira vez me convenci que já conheço. Resolvi reeditar e ainda não consegui.

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